Semana
16: Confiar e Se Apoiar na Força de D’us
E
chegamos à décima sexta semana quando no Perek Shirá os patos anunciam
para que confiemos no Eterno para sempre, pois Ele é D’us, a Rocha Eterna
(Isaías 26:4). Nesta semana do mês de Tevet, continuamos conectados com
a força de Dan.
Não
é por acaso que o Perek Shirá menciona os patos no plural. Os patos se
multiplicam rapidamente e têm famílias grandes. Viajam em grupos e dependem mutuamente
para sobrevivência durante a migração quando fogem do frio. O Talmud declara que Tevet é o mês mais frio do ano, "quando o corpo tem prazer [em
outro] corpo".[1]
Depois
da destruição do Primeiro Templo, o número de sobreviventes judeus era muito
pequeno. De acordo com o Livro de Jeremias, somente um total de 4.600 pessoas
foram exiladas para a Babilônia.[2]
No entanto, em um período extremamente curto, a comunidade judaica na Babilônia
prosperou muito, tornando-se numerosa, influente e rica.
A canção dos patos também parece ser uma
referência à força de D’us e Sua capacidade de nos multiplicar. Rocha, Tzur em hebraico, representa
estabilidade e força. Tzur também significa
Criador ou Artesão, pois como disse Isaías: "Ele formou você desde o
ventre".[3]
O ensinamento do Pirkê
Avot desta semana está na lição do Rabi Shimon Bar Iochai: “Três [pessoas]
que comeram na mesma mesa e não falaram palavras de Torá é como se houvessem comido dos sacrifícios aos [ídolos] sem
vida... Mas três [pessoas] que comeram na mesma mesa e pronunciaram ali
palavras de Torá, é como se houvessem
comido da mesa de D’us” (Cap. III:3).
Rabi Shimon fala
da importância do uso de palavras da Torá. Conforme explicado
anteriormente, a negligência em relação ao lado espiritual do estudo da Torá
foi a causa da destruição do Templo. Rabi Shimon foi o maior conhecedor dos
segredos da Torá. Ele entendeu perfeitamente como a abstenção de
palavras da Torá gera um efeito negativo no mundo.
Nesta semana, a
combinação das sefirot resulta em guevurá shebetiferet. Devemos ter força, seriedade e
disciplina na nossa ligação com a agradável beleza espiritual e o equilíbrio da
Torá.
Uma lição de
auto-aprimoramento que extraímos dos patos é de ter total confiança em D’us,
apoiando-se Nele tal qual apoiaríamos numa rocha forte e estável.
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