Semana
14: Acreditar na Própria Força, que Vem de D’us
Na décima quarta semana, continuação de Hanuká, é
a vez da gansa doméstica cantar: “Louve e proclame o Nome do Eterno, divulgue
entre todas as nações Seus feitos, entoe cantos e hinos, narre todos os Seus
prodígios” (Salmo 105:1-2). O canto da gansa doméstica está ligado a mitsvá de divulgar os milagres de Hanuká.
Nesta ocasião, devemos cantar a Ele, fazer música para Ele, e falar de Sua
grandeza.
Além de Hanuká, esta semana marca Rosh
Chodesh Tevet. Tevet é representado pela tribo de Dan. Esta tribo é caracterizada pela força - Sansão
fez parte desta tribo - e capacidade de multiplicação. Dan só teve um filho,
mas com o tempo virou uma das tribos mais numerosas do Povo Judeu.[1]
Tevet é considerado um mês difícil, no qual ocorre o jejum do dia dez de Tevet,
quando Jerusalém foi sitiada.
Esta
semana marca também o feriado chassídico de Didan
Netzach, “A Vitória é Nossa”, no dia 5
de Tevet. Neste dia, o último Rebbe
de Lubavitch conquistou uma grande vitória, mantendo a santidade dos livros
sagrados da biblioteca Lubavitch. Como será explicado mais detalhadamente na
próxima semana, o mês de Tevet está
conectado com a importância de valorizar os livros sagrados. Essa festa também
está associada a grande vitória física e espiritual dos Macabeus.
O ensinamento do Pirkê
Avot dessa semana pode ser encontrado nas palavras do Rabi Chaniná,
suplente do Sumo Sacerdote:
“Reza pelo bem-estar do governo, pois se não fosse pelo temor a este, os homens
se engoliriam vivos uns aos outros” (Cap. III:2). Sem freio, os mais fortes
iriam explorar física e economicamente os mais fracos.
É surpreendente a
conexão que se estabelece nesta semana entre a festa de Hanuká na qual o
Povo de Israel celebra sua salvação do domínio e exploração helênica, por conta
de um grupo de sacerdotes físicamente mais fracos. O ensinamento extraído do Pirkê
Avot é do suplente do Sumo Sacerdote.
Nesta semana a
combinação das sefirot resulta em malchut shebeguevurá: realeza e
ação no mundo material, com disciplina. Isto se aplica perfeitamente a própria
dinastia chasmonica dos Macabeus. Os
Macabeus eram duros e disciplinados (guevurá)
e depois de vencer os gregos tornaram-se reis (malchut).
O que aprendemos nesta semana com a gansa doméstica é sobre a importância
de perceber os milagres que ocorrem diariamente a nossa volta, e de sempre
agradecer por eles. Recordar e divulgar milagres que
ocorrem ao longo da vida é uma excelente forma de sermos mais gratos no nosso
dia-a-dia. É exatamente esta qualidade a fonte de benção e felicidade.
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