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Sunday, June 7, 2009

Semana 29: Depois da Inspiração Inicial, “Botar as Mãos na Massa”


Semana 29: Depois da Inspiração Inicial, “Botar as Mãos na Massa”

E vamos para a vigésima nona semana, a semana de Pessach, quando no Perek Shirá o animal de carga afirma que aquele cujo sustento vem do trabalho das próprias mãos, feliz será e tudo correrá bem (Salmo 128:2). Em Pessach, sentimos as bençãos e redenção de D’us. No entanto, a partir do segundo dia desta festa, o Povo Judeu já começa a contar o ômer e cada qual trabalha em seu auto-aprimoramento. Desta forma, quando Shavuot chegar, mereceremos ter recebido a Torá também por esforços próprios.
O animal desta semana está associado a Ismael e seus descendentes, e ao exílio do Povo de Israel nas suas terras. Este filho de Abrahão era conhecido pela grande capacidade de rezar, e confiar plenamente na redenção e nas bençãos de D’us.[1] De fato, Ismael recebeu grandes bençãos, mas parte das bençãos também mostra um lado dele ainda a ser aprimorado. O anjo diz à sua mãe que “a mão [de Ismael] estará em todos.” Antes do final de sua vida, Ismael se arrepende de suas ações, faz teshuvá (retorna a D’us), e tem um bom relacionamento com Isaac.[2] Na era messiânica, os descendentes de Isaac e de Ismael também irão conviver em paz.
No último dia de Pessach, é usual nos círculos chassídicos fazer uma refeição denominada Moshiach Seuda, em homenagem a Mashiach e ao mundo vindouro. O verso do animal de carga está exatamente relacionado com a era messiânica. Nossos sábios o interpretam afirmando que aquele cujo sustento vem do trabalho das próprias mãos, “feliz será” - neste mundo – “e tudo correrá bem” – no mundo vindouro.[3]
No Pirkê Avot desta semana, Rabi Elazar ben Hismá explica que as leis relativas a certos sacrifícios animais e à pureza familiar são essenciais, sendo que a astronomia e a numerologia são condimentos para sabedoria (Cap. III:18).  Em Pessach não comemos chametz, ou seja, qualquer comida fermentada baseada em grãos e água. Espiritualmente, isto significa que deixamos de lado tudo que infla e mascara a nossa essência e relacionamento com D’us e com o próximo. As duas leis mencionadas por Rabi Elazar são fundamentais para o relacionamento entre marido e mulher e entre D’us e o Povo Judeu. Nos dias atuais, como não podemos trazer(ou fazer?) sacrifícios, fazemos a substituição por preces e através do estudo.
Nesta semana, a combinação das sefirot resulta em chesed shebehod, quando nos esforçamos para sentir as bençãos recebidas durante  Pessach. Aprendemos do animal de carga que  não devemos esperar que nosso desenvolvimento venha “de  mão beijada”. Por conseguinte, temos que trabalhar para alcançar esta elevação espiritual.


[1] Gênesis 21:10, 48:22, Targum
[2] Gênesis 25:9, Rashi
[3] Maimônides, Mishna Torá, Hilchot Talmud Torá, Cap. 3:5

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