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Sunday, June 14, 2009

Semana 28: Reconhecer Limitações para Delas Se Libertar

Semana 28: Reconhecer Limitações para Delas Se Libertar

Nesta semana, marcada pelo primeiro dia de Pessach, no Perek Shirá o porco e o coelho afirmam que o Eterno faz o bem aos justos e retos de coração (Salmo 125:4). Acrescentem-se duas datas importantes: dia treze de Nissan, o yahrzeit do Terceiro Rebbe de Lubavitch, Menachem Mendel; e, dia onze, o nascimento do Sétimo Rebbe, o Rebbe, que leva o mesmo nome em sua homenagem. O Terceiro Rebbe era chamado de Tzemach Tzedek que é o título de uma de suas obras principais – “ramo justo”, uma referência a Mashiach.
O porco é considerado um hipócrita pois ele tem as características externas de um animal kasher, já que seu casco é fendido, mas internamente, seus intestinos não são. A situação do coelho é exatamente oposta a do porco. Este animal não tem o casco fendido, mas seus intestinos são de um animal kasher. Neste sentido, o coelho já é “reto de coração”, mas seus atos e características externas não são “justos.”
Além do porco e camelo (animal da semana trinta), o hyrax e a lebre são os únicos dois animais explicitamente mencionados na Torá como sendo não-kasher pelas razões já mencionadas.  Estes animais são da família do coelho. O Midrash em Vaikra Rabá explica que o hyrax representa o exílio persa, enquanto que a lebre o exílio grego. Já o porco representa o exílio de Esaú (Roma) e de seus descendentes – nosso exílio atual. O cântico destes animais nos faz refletir sobre a redenção final, quando o porco e o coelho serão animais kasher.
O Tzemach Tzedek e o Rebbe representam a qualidade principal de Pessach: redenção. Semelhante aos animais acima, a redenção tem dois aspectos: a parte interna (intelectual e emocional) e a externa (material e física). Em relação ao lado interno, tanto o Tzemach Tzedek quanto o Rebbe introduziram conceitos chassídicos importantíssimos e conseguiram publicar e difundir obras de Rebbes anteriores. Paralelamente, em relação ao lado externo, o Tzemach Tzedek estabeleceu assentamentos agrícolas que salvaram muitos judeus da miséria, além de resgatar milhares de crianças forçadas a se alistar ao exército russo. Por sua vez, o Rebbe estabeleceu centros judaicos pelo mundo inteiro e ajudou a salvar os milhares de judeus presos na “cortina de ferro” da União Soviética.
Rabi Elazar ben Azariá nos ensina no Pirkê Avot desta semana que sem Torá não há conduta social adequada; e se não há conduta social adequada, não há Torá... Se não há farinha, não há Torá; e se não há Torá, não há farinha. A farinha é uma referência ao sustento, à matsá e ao costume de providenciar o trigo para os pobres em Pessach. Rabi Elazar mostra que é necessário unir o lado interno com o externo, as preocupações espirituais com as físicas.
Nesta semana a combinação das sefirot resulta em malchut shebenetzach, quando, no Seder de Pessach, vivenciamos a experiência de vitória, humildade e redenção dentro do mundo físico. Netzach é a quarta sefirá, conectada com Moisés e o Seder é baseado neste número, como os quatro copos de vinho e os quatro filhos. Através do porco e do coelho aprendemos a aspirar uma vida mais meritória.

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