Semana
3: Ser Feliz, Ter Equilíbrio e Segurança em D’us
Na terceira semana do ano judaico, quando o Povo comemora Sucot,
o pombo é o animal apresentado no Perek Shirá. Ele canta para D’us ser a
sua fonte de proteção, e pede para que seu sustento venha diretamente Dele, e
não das mãos de um ser humano (Isaías 38:14 e Talmud, Eruvin 18b). Normalmente,
esta semana também marca o yahrzeit do
quarto Rebbe de Lubavitch, Shmuel, o Rebbe Maharash, no dia treze de Tishrei.
Em Sucot,
o Povo Judeu recorda como D’us o protegeu no deserto, assim como celebra a
continuidade dessa proteção até os dias atuais. Vivemos
sempre como dentro de uma Sucá, em um estado frágil e sujeito às
intempéries do tempo, e dependemos inteiramente de D’us para obter segurança e
equilíbrio.
No Pirkê Avot associado
à terceira semana, Raban Shimon ben Gamliel explica que o mundo perdura em
virtude de três coisas: a justiça, a verdade e a paz (Cap. I:18). Sem essas, não há equilíbrio e segurança no mundo.
Assim, nesta semana prepondera a combinação
das sefirot tiferet shebechesed.
A sefirá tiferet denota a beleza e equilíbrio. Assim como Jacob representa
tiferet, o Rebbe Maharash também representa
esta sefirá. Este Rebbe nasceu no décimo
sétimo dia do ômer, que corresponde a tiferet shebetiferet. Seu pai às vezes até se referia
ao filho por essa combinação.[1]
Jacob também
é associado à Sucot. Existe um verso na Torá que expressamente se
refere a isso: depois de se despedir de Esaú, Jacob vai para Sucot![2]
Esses
são os dias em que a comunidade recebe as bençãos
divinas de auxílio físico e espiritual, debaixo das
frágeis construções de suas Sucot. Nestes dias, não temos escolha, somos
comandados a sermos felizes.[3]
Se é preciso fingir felicidade, que assim seja. Por vezes ao botar uma
“máscara”de felicidade, acabamos transformados e ficamos felizes de verdade.
De um
modo geral, as Sucot são espiritual e visualmente muito bonitas. Construir, enfeitar e preparar as
refeições na Sucá já constitui uma boa “terapia.” Nesta semana, o
indivíduo aprende com o pombo a não ficar ansioso e ter fé em D’us, que proverá
todas suas necessidades. Por outro lado, é importante criar um recipiente para receber as
bençãos divinas. Além de cuidar do corpo, é aconselhável trabalhar para manter
um ambiente organizado, equilibrado e agradável, como a Sucá.
[1] Hayom
Yom, 2 de Iyar, p. 50
[2] Um lugar antigo em
Israel assim denominado (Gênesis 33:17)
[3] Deuteronômio 16: 14
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