Semana
10: Confiar na Piedade de D’us
Na décima semana o
morcego reitera as palavras de D’us, pedindo para Seu povo ser confortado
(Isaías 40:1). Entramos definitivamente no mês de Kislev, representado
pela tribo de Benjamin. Benjamin é conhecido pela sua grande capacidade de
preservar a herança judaica para futuras gerações e por seu auto-sacrifício.[1]
O morcego é um animal ligado a este mês, no qual as noites são longas e frias
nos países do hemisfério norte. Este
animal tem a capacidade de enxergar até mesmo no escuro. O morcego diz que D’us
conforta a Sua gente e foi em Hanuká, mês de Kislev, que o Povo
de Israel foi salvo da escuridão espiritual helênica.
No
Pirkê Avot, Rabi Shimon aconselha: “Seja cuidadoso na leitura do Shemá
e na prece. Quando
orar, não faça da tua prece um ato rotineiro, e sim um rogo de piedade e uma
súplica diante de D’us... Não seja malvado perante seus próprios olhos”. O Shemá
é a maior expressão de monoteísmo e aceitação de D’us como Rei do Universo por
parte do Povo Judeu. A prece mostra intimidade com o Criador. Os gregos
aceitavam o conceito de um cosmos, frio e sem preocupação com o ser humano, mas
não o conceito de D’us Űnico, Pai Misericordioso.
A sefirá
desta semana é resultante da combinação tiferet shebeguevurá, ou seja, a
beleza e equilíbrio unidas com força e disciplina. Como explicado, tiferet também significa misericórdia. Ao
estar cada vez mais distantes de Tishrei,
lembramos da beleza da Torá, pedindo
misericórdia a D’us, para atingirmos as resoluções espirituais feitas em Rosh Hashaná e Yom Kippur.
O ensinamento que
extraímos para esses dias com o morcego é o de rogar por piedade e comforto,
mas também de amparar nossos semelhantes, inclusive os necessitados e
oprimidos.
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