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Thursday, January 8, 2009

Semana 51: Compreender Que Somos Todos Uma Só Alma

Semana 51: Compreender Que Somos Todos Uma Só Alma

E na  quinquagésima primeira semana, ainda no mês de Elul, é a ratazana (chuldá) quem clama para que todos os seres vivos louvem ao Eterno: Haleluiá!! (Salmo 150:6). Esta é uma referência ao poder de arrependimento ligado ao mês de Elul. Outrossim, é notório que na era messiânica todos os seres, mesmo os mais baixos, irão abertamente louvar a D’us. Interessante notar que, em certos anos, parte da semana cinquenta e um  também coincide com a semana de Rosh HaShaná, semana um, do próximo ano. Rosh Hashaná está conectado com o conceito de todo ser vivo louvar a D’us.
Chuldá é o nome de uma das sete mulheres profetizas mencionadas no Tanach. Ela foi a última a profetizar antes do exílio Babilônico, sobre a queda da dinastia do Rei David. A dinastia havia sido extremamente corrompida, e a profecia de Chuldá é muito forte e incriminadora. A origem etimológica da palvara chuldá vem de chaled, cuja expressão em hebraico significa terra decadente.
A ratazana representa corrupção e decadência, tanto na civilização, como na natureza. O que é tão bonito no canto da ratazana é a descrição da redenção e como se redimir deste estado decadente. Como explicado na semana sete, Noé se isolou dos demais e não rezou por eles. Por este motivo, foi parcialmente tido como culpado pelo Dilúvio por D’us. Antes o mundo foi destruido como uma só entidade,mas no futuro cantaremos todos juntos, nos responsabilizando uns pelos outros, e louvando a D’us de forma unida.
No cântico da ratazana, a palavra para ser vivo é neshamá, que literalmente significa alma. Neste verso, a palavra está no singular, quando em hebraico seria mais apropriado dizê-la na forma plural. A explicação para isto é simples: todos nós somos no fundo uma única alma, parte e fragmento de D’us. O cântico da ratazana pode ser interpretado como o louvor a D’us por parte de todos os seres em unicidade, sem exceção.
No Pirkê Avot desta semana Rabi Yossi benYehudá, proveniente da Babilônia, dizia que quem aprender a Lei Divina com homens novos é como se comesse uvas verdes e bebesse vinho saído do lagar; porém os que aprendem com mestres idosos, é como se comessem uvas maduras e bebessem vinho velho (Cap. IV:20).
A afirmativa de Rabi Yossi compara o aprendizado das idéias extraídas da Torá com o vinho. Este cotejo está relacionado com a sefirá de biná, a sefirá intelectual desta semana. Depois de “acesa a lâmpada” da chochmá da semana anterior, o conceito é digerido intelectualmente, até ser devidamente absorvido, como na fermentação do vinho.
Como mencionado, esta semana está conectada à “Shavuot”. O “presente” de autoaprimoramento que aprendemos com a ratazana é o de que qualquer pessoa pode se conectar diretamente com D’us. Isto ocorre de forma natural, sem necessidade de intermediários; assim como a própria respiração. 

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