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Sunday, May 10, 2009

Semana 33: Enxergar os Tesouros Espirituais Guardados Dentro de Cada Um


Semana 33: Enxergar os Tesouros Espirituais Guardados Dentro de Cada Um

E chegamos a semana trinta e três do calendário judaico, semana de Pessach Sheini e Lag Ba’Ômer. Lag Ba’Ômer é um dia grandioso, pois foi nele que os estudantes de Rabi Akiva pararam de falecer. Outrossim, festejamos porque Lag Ba’Ômer é o yahrzeit do grande tzadik Rabi Shimon Bar Yochai. É costume acender uma fogueira, representando a luz que ele trouxe ao mundo, através de seus ensinamentos da cabalá.
No Perek Shirá o jumento declama que ao Eterno pertencem a grandeza, o poder, glória, eternidade, majestade, e tudo que existe nos céus e na terra: a realeza onde D’us está exalçado acima de tudo (1 Crônicas 29:11). O Rei David declamou este versículo quando estava no ápice de sua glória reiterando que tudo é de D’us: glória e a realeza, terra e céus. O verso do burro contém todas as sete sefirot emocionais: chesed, guevurá, tiferet, netzach, hod, yesod e malchut. Estas fazem parte dos conceitos cabalísticos revelados por Rabi Shimon.
A palavra jumento em hebraico, chamor, vem de chomer, matéria. Apesar de ser extremamente impuro, o jumento tem uma mitsvá que nenhum outro animal não-kasher possui: "Todo primogênito de burro deve ser redimido com uma ovelha".[1] O Talmud explica que o burro ganhou esta mitsvá porque ajudou os judeus no transporte dos tesouros recebidos no Egito.[2] Mas existe algo mais profundo: o jumento é bruto e teimoso por fora, mas é doce por dentro, como uma ovelha. Ele representa o tesouro a ser encontrado dentro de cada um de nós.
O Alter Rebbe nos ensina que a melhor maneira de amar o próximo como a si mesmo é olhar o outro enfocando sua essência interior. Assim, deixamos de lado diferenças superficiais para nos concentramos na alma, cuja fonte é a mesma para todos: D’us.[3] Este é o poder do Rabi Shimon Bar Yochai, capaz de compreender não só o significado profundo do lado místico da Torá, mas também o valor interior de cada judeu.[4]
A lição do Pirkê Avot desta semana está no ensinamento do Rabi Yochanán ben Berocá que disse: quem profana o Nome Celestial em segredo, será castigado em público (Cap. IV:4). De forma oposta, Rabi Shimon Bar Yochai santificou o nome de D’us em segredo e depois publicamente. Ele passou doze anos dentro de uma caverna estudando Torá com seu filho. Passado este longo período, saiu da caverna e revelou seus ensinamentos para o mundo, transformando-o para sempre.
A combinação das sefirot desta semana resulta em hod shebehod, tal como o próprio Lag Ba’Ômer, um dia de tremenda revelação da glória Divina. Nesta semana, a lição de auto-aprimoramento que recebemos da declaração do burro é a de reconhecer a enorme beleza divina que temos dentro de nós. Afinal, somos todos criados na imagem de D’us.


[1] Êxodo 13:13
[2] Bechorot 5B
[3] Tanya, Cap. 32
[4] Discurso de Rabino Moshe Wolfsohn sobre Lag Ba’Ômer

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